quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Pena de Morte contra ou favor

Todas as pessoas têm direito á vida. Os países que consideram a pena de morte, por exemplo: O Estado Unidos constataram que mesmo com a pena, não resolve o aumento da criminalidade.
Há, também, a possibilidade de erro no julgamento que pode levar um inocente à morte.
No caso do brasileiro, ele seria aplicado somente às classes mais baixa, que não podem pagar bons advogados, mostrando que existem erros, ineficiência na pena de morte.
Em vez de pena de morte, os condenados poderiam ficar um tempo na cadeia, participar de serviços comunitários e poderiam dar uma chance para voltar à sociedade com oportunidade de trabalho e uma vida melhor, para não cometer os mesmos erros.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Uns minutos que pareceram horas

Tudo aconteceu em um rio, num belo dia de sol. Estava muito quente, então resolvi entrar no rio atravesando de um lado para o outro; já estava cansada, mais meu irmão estava do outro lado nas pedras, resolvi atravesar de novo; estava chegando do ouro lado, quando meu pé escorregou da pedra, fui muito esperta e tentei voltar para o raso, mas como já estava cansada, me afoguei, fiquei nervosa e não consegui mais nadar, minha tia vendo a situação, correu pra ame ajudar. ela chegou onde eu estava, mas não conseguiu me ajudar porque eu me apavorei e acabei me afogando e ela tambem. As pessoas em volta, só olhavam e ninguem pra ajudar.Minha mãe vendo a situação pegou no braço de um homem disconhecido e disse: - Moço, ajude minha filha e minha irmã, por favor!
Então, o homem pegou pelo meu braço e me puxou para o raso. Quando estava asalva, pude perceber não são nada solidarias fiquei abismada com a atitude delas.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

quinta-feira, 1 de julho de 2010

A última crônica – Fernando Sabino


















A caminho de casa, entro num botequim da Gávea para tomar um café junto ao balcão. Na realidade estou adiando o momento de escrever. A perspectiva me assusta. Gostaria de estar inspirado, de correr com êxito mais um anos nesta busca do pitoresco ou do irrisório no cotidiano de cada um. Eu pretendia apenas recolher da vida diária algo de seu disperso conteúdo humano, fruto da convivência, que a faz digna de ser vivida. Visava ao circunstancial, ao episódio. Nesta perseguição do acidental, quer num flagrante de esquina, quer nas palavras de uma criança ou num incidente doméstico, torno-me simples espectador e perco a noção do essencial. Sem mais nada para contar, curvo a cabeça e tomo meu café, enquanto o verso do poeta se repete na lembrança: ” Assim eu quereria o me último poema”. Não sou poeta e estou sem assunto. Lanço então um último olhar para fora de mim, onde vivem os assuntos que merecem uma crônica.
Ao fundo do botequim um casal de pretos acaba de sentar-se, numa das últimas mesas de mármore ao longo da parede de espelhos. A compostura da humildade, na contenção de gestos e palavras, torna-se mais evidente pela presença de uma negrinha de seus três anos, laço na cabeça, toda arrumadinha no vestido pobre, que se instalou também à mesa: mal ousa balançar as perninhas curtas ou correr os olhos grandes de curiosidade ao redor. Três seres esquivos que compõem em torno à mesa a instituição tradicional de família, célula da sociedade. Vejo, porém, que se preparam para algo mais que matar a fome.
Passo a observá-los. O pai, depois de contar o dinheiro que discretamente retirou do bolso, aborda o garçom, inclinando-se para trás na cadeira, e aponta no balcão um pedaço de bolo sob a redoma. A mãe limita-se a ficar olhado imóvel, vagamente ansiosa, como se aguardasse a aprovação do garçom. Este ouve, concentrado, o pedido do homem e depois se afasta para atendê-lo. A mulher suspira, olhando para os dois lados, a assegurar-se da naturalidade de sua presença ali. A meu lado o garçom encaminha a ordem do freguês. O homem atrás do balcão apanha a porção de bolo com a mão, larga-a no pratinho – um bolo simples, amarelo-escuro, apenas uma fatia triangular.
A negrinha contida na sua expectativa, olha a garrafa de Coca-Cola e o pratinho que o garçom deixou à sua frente. Por que não começa a comer? Vejo os três, pai, mãe e filha, obedecem em torno à mesa um discreto ritual. A mãe remexe na bolsa de plástico preto e brilhante, retira qualquer coisa. O pai se mune de um caixa de fósforos, e espera. A filha aguarda também, atenta como um animalzinho. Ninguém mais os observa além de mim.
São três velinhas brancas, minúsculas, que a mãe espeta caprichosamente na fatia do bolo. E enquanto ela serve a Coca-Cola, o pai risca o fósforo e acende as velas. Como a um gesto ensaiado, a menininha repousa o queixo no mármore e sopra com força, apagando as chamas. Imediatamente, põe-se a bater palmas, muito compenetrada, cantando num balbucio, a seus pais que se juntam, discretos: “Parabéns pra você…” Depois a mãe recolhe as velas, torna a guardá-las na bolsa. A negrinha agarra finalmente o bolo com as duas mãos sôfregas e põe-se a comê-lo. A mulher está olhando para ela com ternura – ajeita-lha a fitinha no cabelo crespo, limpa o farelo de bolo que caiu no colo. O pai corre os olhos pelo botequim, satisfeito, como a se convencer, intimamente do sucesso da celebração. Dá comigo de súbito, a observá-lo, nossos olhos se encontram, ele se perturba, constrangido – vacila, ameaça abaixar a cabeça, mas acaba sustentando o olhar e enfim se abre num sorriso.
Assim eu quereria a minha última crônica: que fosse pura como esse sorriso.


FERNANDO SABINO

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Crônica: um gênero literário
A crônica é um gênero literário que, a princípio, era um "relato cronológico dos fatos sucedidos em qualquer lugar"1, isto é, uma narração de episódios históricos. Era a chamada "crônica histórica" (como a medieval). Essa relação de tempo e memória está relacionada com a própria origem grega da palavra, Chronos, que significa tempo. Portanto, a crônica, desde sua origem, é um "relato em permanente relação com o tempo, de onde tira, como memória escrita, sua matéria principal, o que fica do vivido"2